História da Escola

 
História  e Descrição da Escola



A Escola Estadual Professor Manoel Gentil do Vale Bentes, situa-se à Rua 17 de Agosto, nº 26, na zona urbana do Município de Satuba/Al.
A escola foi criada no município de Satuba, pelo Governo Estadual através da Lei nº 2.537 de 20/05/1963, publicada no Diário Oficial de 21/02/1964, na época denominada Grupo Escolar da Cidade de Satuba, passando posteriormente, a denominar-se Grupo Escolar Professor Manoel Gentil do Vale Bentes em homenagem a um antigo professor do atual Instituto Federal de Alagoas Campus Satuba – IFAL, inicialmente oferecia ensino apenas das primeiras quatro séries do Ensino Fundamental ( 1ª a 4ª ).
Em 1994, a Escola foi contemplada com a recuperação e reforma de suas instalações físicas no Governo de Geraldo Bulhões Barros. Dois anos depois, através de parceria firmada entre o Governador Divaldo Suruagy e o então Prefeito do Município de Satuba Flávio Jorge da Rocha Barros, foi realizado obra de recuperação geral da escola. Aproximadamente em 2003 a escola foi agraciada com uma pequena reforma ( pintura, modificações das localizações das portas, quadros negros e azulejos nas paredes ). Em 2006 recebeu um laboratório de informática com dez computadores, mas não tinha espaço físico, somente em 2008 foi realizada uma adequação na sala onde era dos professores e passou a funcionar o laboratório de informática. Também em 2008 a escola recebeu um laboratório de ciências, mas como não tinha e ainda não tem espaço físico, este laboratório funciona no mesmo espaço físico do laboratório de informática. Em 2010 a escola passou por alguns reparos que incluíram serviços de pintura, rede elétrica, troca de portas e recebeu alguns móveis e equipamentos (armários e ventiladores). A Escola também não possui sala de professores, sala de coordenação pedagógica e biblioteca. O funcionamento desses setores ocorre no espaço físico do laboratório de informática. A escola possui seis salas de aula com capacidade de 50 alunos em cada sala, em cada sala de aula há três ventiladores funcionando perfeitamente, a escola possui ainda cantina, refeitório, banheiros masculino e feminino para alunos, um banheiro que serve para os funcionários e professores, sala da secretaria escolar e sala de diretoria escolar, almoxarifado e sala onde é armazenada a merenda escolar.
A Escola ampliou sua oferta de ensino a partir de 1992, quando passou a oferecer Ensino Fundamental de 1ª a 8ª série, conforme portaria nº 942/98, considerando o disposto no artigo 10, inciso IV da Lei Federal de nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional e o parecer de nº 235/97 – CONSED e a Resolução nº 286/98 – CONSED, constantes do processo de n 2.944/92 – SED e nº 242/98 – CONSED que resolve:
“Art. 1º - Conceder Credenciamento à Escola Estadual Profº Manoel Gentil do Vale Bentes e autorização para funcionamento do Curso de Ensino Médio, mantida pela Secretaria de Educação e do Desporto, com sede na cidade de Satuba, neste Etado.
Atualmente, a escola oferece Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Ensino Médio, sendo a última etapa oferecida nas modalidades Regular e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Atendendo, em seus três turnos de funcionamento, sendo matutino somente fundamental, vespertino somente médio regular e noturno médio regular e EJA, ofertando  vagas a aproximadamente 250 alunos em cada turno.
A escola atende alunos com faixa etária entre 10 a 50 anos, advindos da zonal rural e urbana do município de Satuba e de bairros periféricos de Maceió (Clima Bom, Santos Dumont, ABC e Rio Novo ) e do município de Santa Luzia do Norte.
A maior parte da clientela é de baixa renda e um número significativo das famílias sobrevive em condições desajustadas. Em face disso e de outros problemas sociais, há ocorrências de alunos evadidos, com baixo rendimento, indisciplina, infrequência que acaba contribuindo para a repetência e/ou abandono escolar. Os índices de evasão, especialmente no turno noturno, pois nos últimos anos ainda são considerados preocupantes, sendo necessário planejar ações sistemáticas que minimizem esta problemática.

Atualmente a escola conta com 11 (onze) professores em seu quadro efetivo – incluindo-se os que estão nas funções de diretor e coordenação pedagógica. Os mesmos apresentam habilitação específica e adequada às funções que exercem. No entanto, o número de docentes, hoje existente, não atende à demanda. Devido à carência recorrente de professores a Secretaria de Estado da Educação tem procurado suprir a mesma por meio da contratação temporária de professores/monitores para as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa e Inglesa, Arte, Biologia, Geografia, Ciências, Física, Química e Matemática.
Em seu calendário anual e escola dedica tempo para encontros pedagógicos. No entanto, a participação dos professores nesses momentos ainda enfrenta obstáculos, haja vista, a necessidade do professor trabalhar em mais de uma escola e ter que dividir seu tempo para cada uma delas, o que deixa, entre outros, o processo de planejamento participativo fragmentado. Por outro lado a participação da maioria, dentro de suas possibilidades, é satisfatória, contudo, ainda se percebe certa resistência de alguns quanto a participação nas atividades de planejamento e da prática pedagógica que possibilita o pleno desenvolvimento do Projeto Pedagógico.
A escolha do livro didático é realizada a cada três anos por nível de ensino e com a participação dos docentes de todas as disciplinas, onde se escolhe pelo menos três opções de títulos por disciplina e nem sempre a escola recebe sua primeira opção. No entanto, as adaptações pedagógicas são feitas e os livros utilizados.
A relação professor-aluno, professor-direção, professor-pais transcorre, no geral, com certa tranquilidade, ocorrendo situações problemáticas pontuais comuns como em qualquer escola, não chegando a situações extremas, procurando-se mediá-las pelo diálogo.
Percebe-se ainda, alunos com baixa autoestima e descrença em justiça social, bem  como com pouca ou ausência de convicção que a mesma só é possível através de esforço pessoal junto com o coletivo. Por essas e algumas outras razões adiante encerradas, alguns alunos vêm apresentando problemas de limites, gravidez precoce e envolvimento com drogas, tanto no uso pessoal quanto com o tráfico.
Quanto ao lazer dos mesmos se resume em encontros informais nas praças da cidade, bares, festas promovidas na comunidade, clube ( banhos de piscina ) e para uma grande parte missas e cultos evangélicos.
Em geral, a maioria de nossos alunos são adolescentes com idade razoavelmente dentro da faixa etária correspondente à modalidade e nível de ensino que frequentam e jovens/adultos que, apesar dos entraves que enfrentam, na sua maioria, apresentam bom desempenho escolar, criatividade e autonomia de pensamento e ação no desenvolvimento das atividades escolares, principalmente nas atividades que possibilitam o desenvolvimento dessas competências.
Apesar das dificuldades, é fundamental delinear o perfil do aluno que queremos formar, nesse contexto a escola  propõe como desafio formar alunos que sejam capazes de:
·                    Dominar a leitura e a escrita;
·                    Fazer cálculos e de resolver problemas;
·                    Analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações;
·                    Compreender e fazer alterações em seu entorno social;
·                    Receber criticamente os meios de comunicação;
·                    Localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada;
·                    Planejar e decidir em grupo
Na sua maioria as famílias atendidas pela escola apresentam situação econômica de baixa renda, sobrevivendo com baixos salários, aposentadoria e/ou de planos assistencialistas do Governo Federal. Apresentam desajustes no que diz respeito a organização familiar e pouca ou nenhuma escolaridade.
A participação das famílias na vida escolar dos filhos, infelizmente, é ainda insatisfatória. Comparecem à escola quando solicitadas de forma individual, porém nas reuniões entre pais e professores o número de pais e/ou responsáveis é bastante reduzido; geralmente comparece os pais de alunos que apresentam melhor desempenho escolar. 

PATRONO DA ESCOLA
Manoel Gentil do Vale Bentes, CASADO com Alcina Calmon do Vale Bentes chegou em Maceió em 1934 vindo de Manaus Amazonas. Formado em Agronomia veio ser diretor da escola Agropecuária de Satuba onde fixou residência. Teve 04 filhos: José Anchieta do Vale Bentes, Ana Bentes Ferreira Pinto, Terezinha de Jesus Bentes e Benedito Bentes. Normande. Deu nome à escola estadual localizada á rua 17 de agosto, em Satuba-AL: Escola Estadual Prof. Manoel Gentil do Vale Bentes.
Nos anos 30, vindo do Amazonas, aportou por essas bandas um cidadão de nome Manoel Bentes com sua família. Ficou encantado com as águas verdes da praia da Avenida e disse que aqui ficaria para sempre com sua mulher e seus quatros filhos: José, Benedito, Ana e Terezinha. Criou seus meninos, deu-lhes educação, viveu como se alagoano fosse, trabalhou, prosperou e ficou amando essa bela Alagoas.
Todos os filhos casaram-se com alagoanos misturando o sangue manaura com os caetés das Alagoas. Dona Ana com o médico Manoel Menezes. José de Anchieta foi para Escola Militar, onde tornou-se coronel e já oficial do Exército casou-se com Dona Izolina. Dona Terezinha, esportista e mulher de fibra, deu a vida trabalhando dedicando-se à Cruz Vermelha casou-se com Júlio Normande, também esportista, e com 60 anos ainda jogava futebol da praia da Avenida. E finalmente Benedito Geraldo do Vale Bentesque se casou com Vega, filha de Heráclito Lima, o maior propietário de coqueiros de Alagoas. Essa família povoou o Estado, existem netos, bisnetos, tataranetos. Bentes por todos os cantos das Alagoas, tudo brava gente."
O engenheiro agrônomo Manoel Gentil do Valle Bentes, deixou Manaus em 1929 e foi trabalhar na Estação Experimental de Ilhéus, na Bahia. Considerado como o primeiro centro de pesquisa de cacau do mundo, estava instalado no distrito de Água Preta, atual município de Uruçuca, na Bahia. Manoel Gentil ficou por lá até 3 de março de 1933, quando a Estação foi estadualizada. Nesta data era o Chefe de Culturas.
Em 1934, nova transferência leva o agrônomo, acompanhado de sua família, a estabelecer residência em Satuba, Alagoas. Tinha sido contratado como professor do Aprendizado Agrícola Floriano Peixoto, atendendo ao convite do agrônomo e diretor da instituição José Tupinambá do Monte, o Dr Tupi.
Em março de 1939, ainda em Satuba,  se submeteu a concurso para ser efetivado como agrônomo do Ministério da Agricultura, fato que ocorreu em junho daquele mesmo ano. Até então era interino.
Vieram para Alagoas com Manoel Gentil: sua esposa, Alcina Andrade do Valle Bentes, e duas filhas, Ana Bentes Ferreira Pinto e Terezinha de Jesus Bentes Normande. Benedito Bentes e José Anchieta ainda permaneceram estudando em regime de internato no Colégio Antônio Vieira, em Alagoinhas na Bahia. Os dois filhos  só vieram para Alagoas em 1936.



REFERÊNCIAS:




Um comentário:

  1. Boa tarde ao responsável pelo blog, quero dizer antes do motivo que me fez escrever que, gostei muito do blog e da organização. Meu nome é Giucelly, sou graduanda do curso de pedagogia da Universidade Federal de Alagoas-UFAL e gostaria de uma informação acerca do ensino médio que a escola oferta aos alunos. No 7º período do curso temos estágio no ensino médio pedagógico, magistério ou curso normal e por isso gostaria de saber se vcs ofertam os mesmos no período vespertino. O motivo do interesse é que aqui em Maceió a carência de escola e alunos nesses curso médio, por isso gostaria de saber se vs disponibilizam e se a escola está aberta aos universitários para campo de estagio.

    ResponderExcluir